O licenciamento de produtos para artistas é uma tendência cada
vez mais importante no marketing, garantindo visibilidade e remuneração para clientes
para expandir sua atuação no ramo do entretenimento. Como a venda de discos já não
garante mais a sobrevivência de uma carreira artística, músicos se transformam
em marcas através canecas, camisetas, chinelos e capas de celular e vários
outros produtos.
Um exemplo disso é o site www.elisreginashop.com.br é a mais recente aposta da bandUP!, start up que concebe e opera lojas virtuais – João Marcello Bôscoli, filho de Elis Regina, é um dos sócios.
Filha de Elis Regina, a cantora Maria Rita admite que a
iniciativa de lançar um site com 80 produtos oficiais sob o nome da mãe pode
ser mal interpretada por parte do público, mas a comercialização, segundo ela,
possibilita a permanência do trabalho da artista.
“Tratar uma figura pública como uma marca pode ser
esquisito, mas acho maduro, profissional. No mercado brasileiro, falta entender
o artista além da riqueza cultural, como um empregador, como um gerador de
renda, pagador de imposto” – defende Maria Rita.
Licenciado pela mesma empresa, o sul-mato-grossense Luan
Santana é o campeão no quesito variedade: são cerca de mil itens à disposição
do público, entre almofadas, bijuterias, squeezes, mouse pads, relógios e
bonés.
– Conseguimos criar mais um canal de receita para a
indústria, mas a importância é muito mais do que financeira. É o legado do
nome, da marca. O fã não anda à noite com o CD do ídolo no bolso, mas anda com
uma foto na capa do celular. Os produtos são uma vitrine dinâmica – comenta
Bruno de Marchi, fundador da bandUP!.
O licenciamento de produtos é uma ótima estratégia para a
carreira de músicos, mas é importante o musico manter uma qualidade em sua
atividade comercial, uma vez que não se vende camiseta se não fizer boa musica.
Elvis
Há 200 marcas licenciadas com a grife do cantor, fora
espetáculos como Viva Elvis, do Cirque du Soleil. Suficiente para ele ter
lucrado US$ 55 milhões em 2011 (muito mais que os US$ 18,9 milhões, em valores
corrigidos pela inflação, no ano em que morreu). Sim, Elvis morto rende mais do
que Elvis vivo. Porque Elvis morto é a representação incólume de um ícone do
século. Não há escândalos, músicas ruins ou problemas de saúde que corroam essa
imagem. Há somente o eterno galã e o gênio roqueiro.
Falando em cantores mortos que lucram com merchandising...
(ops, essa ainda está viva...)
A cantora Madonna aparece como a mais bem paga do mundo no
ranking divulgado pela revista "Forbes" no ultimo ano de 2013.
De janeiro a junho de 2013, Madonna acumulou ganhos de US$
125 milhões.
A receita com seu tour "MDNA" e com as vendas dos
produtos licenciados no nome da cantora colocam a "Material Girl" bem
à frente de Lady Gaga, que aparece com US$ 80 milhões.
O roqueiro veterano Bon Jovi ficou em terceiro, com US$ 79
milhões, seguido da estrela da música country Toby Keith (US$ 65 milhões) e da
banda britânica Coldplay (US$ 64 milhões).
Publicada no site forbes.com, a lista se baseia na renda
bruta proveniente da venda de ingressos, royalties, merchandising, patrocínio,
entre outros. Não leva em consideração os gastos com agentes, managers e
advogados.
Apenas artistas vivos estão no ranking, caso contrário, o
astro Michael Jackson seria o número um, com uma renda de US$ 160 milhões.
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